O que faz um Controller? A profissão do século XXII

Você sabe o que faz um Controller? Ou mesmo, o que é um Controller?

É uma palavra que conceitua uma profissão pouco conhecida atualmente, mesmo no mundo dos negócios. Trata-se de um defensor do acionista dentro de uma empresa. É o profissional que garante a liquidez de ativos e passivos e, mais do que isso, trabalha o tempo inteiro para exigir a rentabilização do capital social.

Ele nada mais é do que um agente de controles dentro da empresa. O que poucos sabem é que esta profissão existe desde o fim da segunda guerra mundial, mas por décadas atuou como um departamento dentro de finanças, abaixo de grandes destaques dentro das empresas.

Foi em 2002, após um grande caso de escândalo financeiro na Enron, uma renomada empresa dos Estados Unidos, que a profissão foi “promovida”, fazendo com que os profissionais da área ocupassem um cargo de maior relevância e se juntassem aos acionistas da empresa nos conselhos deliberativos.

E o que faz um Controller?

Este profissional ocupa hoje um lugar de tamanho poder nas organizações simplesmente pela função que ele exerce. É um cargo de muita responsabilidade, demanda respeito e, por isso, deve ser exercido por um profissional generalista, ou seja, alguém capaz de interagir com várias áreas.

O gerente de controladoria tem como dever básico extrair e consolidar informações relevantes, confiáveis e oportunas, gerando relatórios que vão auxiliar as tomadas de decisões dos gestores de cada área da empresa, bem como para a diretoria da organização.

Sua responsabilidade é garantir a execução dos recursos da empresa da forma mais rentável possível. Uma espécie de defensor dos interesses dos acionistas da companhia. Cabe ao controller ser a balança entre risco e remuneração de capital da empresa.

Um controller ainda é responsável por:

  • Planejar, organizar e desenvolver planos econômicos-financeiros;
  • Analisar informações contábeis e de performance para reduzir perdas, aumentar o lucro e acompanhar projeções de faturamento;
  • Definir diretrizes que estejam alinhadas ao planejamento econômico e estratégico da empresa;
  • Acompanhar e estudar o mercado em que a empresa está inserida;
  • Avaliar os ciclos operacionais;
  • Verificar onde é possível melhorar e definir ações corretivas.

De acordo com Pedro Roriz, sócio fundador da TAG Business Solutions, especialista em gestão financeira, controladoria e auditoria e ainda professor do curso Gestão de Negócios, Controladoria e Finanças Corporativas do IPOG, é justamente a função que o profissional de controladoria exerce na companhia que faz dele uma pessoa com tamanha importância dentro do corpo empresarial.

É impossível este profissional exercer seu papel tendo que ter diretor ou presidente para responder sendo que ele está ali para fiscalizar todos os departamentos da empresa, da diretoria à limpeza”, conta.

Controller: uma profissão em alta

Em dezembro de 2014 a revista ISTO É Negócios apontou esta profissão como sendo a sexta colocada entre as mais prósperas do ano seguinte. Desde então, todos os anos o controller está entre as 10 profissões em alta no mercado.

O que faz esta profissão estar em destaque é a pouca quantidade de profissionais qualificados para exercê-la, especialmente em Goiás. No Brasil o profissional de controladoria está na adolescência, por assim dizer. Nesse Estado ainda somos praticamente um bebê que ainda irá crescer e muito”, explica o especialista.

Por ter uma alta demanda no mercado, o controller se mostra cada vez mais fundamental dentro de uma corporação. E devido a escassez deste profissional, acaba por ser uma das profissões mais bem pagas no mundo dos negócios.

Segundo o professor, os salários podem variar de 12 a 40 mil. E sua principal área de atuação está nas grandes empresas. “As pequenas e médias empresas não apresentam muitas oportunidades para esse cargo, e a maior parte dos controllers estão em cargos de grandes organizações”, diz.

Principais desafios enfrentados pelos Controllers

Dentro do seu ambiente de trabalho, um controller está suscetível a enfrentar muitos desafios. Abaixo elencamos alguns para que você possa ficar atento:

  • Arena política fechada, ou seja, dificuldade em negociar com todos os players da empresa;
  • Dispor de tempo para estar continuamente em qualificação e capacitação, uma vez que o controller precisa ser generalista e, por isso, estudar sempre;
  • Perdas no processo de informação e construção de cenários e análises devido à falta de profissionalismo;
  • Manter uma visão crítica orientada para os resultados e baseada nos indicadores da empresa.

Qual formação um Controller precisa ter?

O professor explica que este profissional precisa ter formação generalista em negócios.

Considerando que ele tenha as hard skills (habilidades técnicas) de negócios, ele está elegível ao cargo”. No entanto, é comum que a maioria desses profissionais apresente formação em economia, administração e ciências contábeis.

E como já foi dito acima, é importante que este profissional se aperfeiçoe de forma constante, saiba falar outro idioma e atualize suas competências. Uma alternativa, sem dúvidas, é a realização de MBAs, cursos especializados em controladorias, como é o caso do MBA Gestão de Negócios, Controladoria e Finanças Corporativas, oferecido pelo IPOG.

Está disposto a investir nesta carreira e trabalhar com controladoria? Bom, o professor Pedro Roriz levantou algumas dicas para quem está ingressando na área e pretende se consolidar na profissão. Veja nestas seis dicas o que é ou o que faz um controller:

6 dicas para quem deseja se tornar um Controller

Está disposto a investir nesta carreira e trabalhar com controladoria? Bom, o professor Pedro Roriz levantou algumas dicas para quem está ingressando na área e pretende se consolidar na profissão. Confira:

1- O controller é generalista

Ou seja, ele saber fazer (e muito bem) a sua função, mas ter conhecimento de um pouco de tudo é fundamental. Por que isso? Porque o controller conversa com todos os departamentos de uma empresa, portanto ele tem que ter bagagem para saber conversar com e sobre todas as áreas.

2- Um controller não é especialista

Calma! Claro que um profissional da área de controladoria deve ser muito bom e especialista naquilo que faz, mas, de acordo com o professor Pedro, ele deve agir de forma generalista, pois ele não é, de fato, um especialista em apenas um assunto, mas sim naquilo que ele faz que é controlar a parte financeira da empresa.

3- O controller tem que conhecer o ramo no qual atua

Este profissional vem de um background financeiro. Como dito ele não é um especialista, mas ao mesmo tempo tem que ter carga de conteúdo específica para a empresa que está, ou seja, ele tem que saber muito bem em qual meio atua a companhia onde trabalha e saber tudo sobre este meio. Isso facilita também na conversa com os demais setores corporativos.

4- Controller deve ter profundo conhecimento na dinâmica de negócio

Como dito, este profissional conversa com todo mundo dentro de uma empresa, portanto ele tem que sentir os momentos da organização para saber criar sugestões, planejamentos e controles certos, para as pessoas certas e no momento certo.

5- Idiomas

O professor alerta que ter como bagagem a fluência em outros idiomas pode fazer toda diferença dentro da empresa, especialmente dentro daquelas que lidam muito com produtos vindos do exterior. A principal diferença curricular é a fluência na língua inglesa, em decorrência do influxo de capital estrangeiro.

6- Uso do Excel

Esta dica pode soar como algo supérfluo, mas, acredite ou não, são poucas as pessoas que sabem usar esta ferramenta de forma avançada. Pedro orienta que o Excel ajuda, e muito, na montagem dos relatórios (que são obrigatórios) e torna mais eficiente os seus resultados.

Pedro Roriz, que é expert na área em que atua, afirma que não há tantos segredos para ser um bom profissional. É preciso seguir apenas uma regra: gerar resultados que tragam melhorias coletivas dentro da empresa. Se a função do profissional é proteger e remunerar o acionista, ele não deve falhar nesses dois pontos e não deixar brechas abertas para erros.

Que tal aprender sobre controladoria de uma forma diferente?

Em alguns artigos do blog já comentamos que os filmes e as séries podem ser uma ótima alternativa para quem deseja aprender mais sobre determinado assunto. Assistir filmes pode ser uma atividade muito prazerosa, ainda mais quando se aprende bastante com eles.

Pensando nisso, o professor trouxe três exemplos de películas para você entender o que faz um controller:

1. Enron: The Smartest Guys in the Room

Em português, Enron: Os Mais Espertos da Sala, é um documentário estadunidense de 2005 dirigido por Alex Gibney.  Ele retrata a ascensão e queda da corporação do ramo de petróleo e gás natural Enron. O documentário ainda traz o envolvimento da empresa com a crise energética ocorrida na Califórnia.

2. O Lobo de Wall Street

Dirigido por Martin Scorsese, o Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street) é um filme estadunidense de 2013, baseado nas memórias de Jordan Belfort, o best-seller de mesmo nome.

No filme, o ator Leonardo DiCaprio interpreta Belfort, um corretor de títulos de Nova York que dirige a firma Stratton Oakmont, empresa que praticava fraudes de seguro e corrupção em Wall Street, na década de 1990.

3. Margin Call – O Dia Antes do Fim

Lançado em 2011, o filme norte-americano dirigido por J. C. Chandor conta a história de Peter Sullivan, analista de investimentos que, durante a crise financeira de 2008, descobre informações secretas que podem colocar o mundo dos negócios em um verdadeiro caos.

Ele percebe que suas decisões podem não apenas afetar e acabar com as carreiras de seus colegas na empresa, mas também destruir as vidas dos americanos comuns.

Uma curiosidade sobre a profissão

De acordo com o portal Contábeis, no Brasil os controllers chegaram juntamente com as grandes corporações americanas, pós 2ª grande guerra. Assim, a função do controller emergiu com a instalação de empresas multinacionais norte-americanas no país.

Nessa época, profissionais dessas empresas vinham para ensinar as teorias e práticas contábeis, desenvolvendo e implantando sistemas de informações que fossem capazes de atender aos diferentes tipos de usuários da contabilidade, inclusive para manter um adequado sistema de controle sobre as operações dessas empresas.

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